O Melanoma é um câncer de pele incomum, mas mais agressivo e com grande capacidade metastática (capacidade de se espalhar para outros órgãos do corpo). Além disso, tem origem dos melanócitos, as células produtoras de melanina que conferem cor à pele.
Apesar de ser mais comum em adultos, o melanoma pode aparecer em adolescentes e crianças. Por isso, inspira cuidados em todas as fases da vida, principalmente em regiões de grande exposição solar. As lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens; pescoço e rosto em ambos os sexos.
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Fatores de risco
Dentre os principais fatores de risco para desenvolver melanoma estão, por exemplo:
- Exposição solar (o principal fator ambiental);
- Pessoas com pele, olhos e cabelos claros;
- Presença de múltiplos nevos melanocíticos (as ‘pintas’);
- História prévia de melanoma;
- Antecedente familiar de melanoma (familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente);
- Bronzeamento artificial;
- Nevos, principalmente os grandes, presentes ao nascimento.
A suspeita de melanoma ocorre diante da mudança de cor, formato ou tamanho de uma pinta, bem como surgimento de sangramento, coceira e dor nos nevos já existentes. No entanto, nem todo melanoma aparece de pintas já́ existentes, por isso deve-se ficar atento ao surgimento de novas pintas ou manchas.
Diagnóstico de melanoma
O diagnóstico do melanoma é realizado por meio de exame clínico e a dermatoscopia das lesões (exame não invasivo para análise de estruturas que não são visíveis a olho nu). Além disso, o mapeamento corporal dos nevos e o acompanhamento semestral ou anual são importantes para verificação de alterações e aparecimento de novas lesões.
Quando se suspeita de algum nevo é realizado, geralmente, biópsia de toda lesão para confirmação diagnóstica. Uma vez que seja confirmado o diagnóstico é realizada ampliação das margens da lesão. Assim é feita uma avaliação dos linfonodos (ínguas) sentinelas, em casos selecionados.
Uma regra adotada internacionalmente é a do “ABCDE”, pois aponta sinais sugestivos de tumor de pele do tipo melanoma:
- Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
- Bordas irregulares: contorno mal definido;
- Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
- Diâmetro: maior que 6 milímetros;
- Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).
Prevenção
Devemos tomar alguns cuidados para prevenir melanoma:
- Usar chapéu, camiseta, óculos escuro e protetor solar;
- Evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas (horário de verão);
- Usar filtros solares diariamente. Devemos utilizar um filtro com fator de proteção de, no mínimo, 30 (FPS 30), reaplicando o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades ao ar livre;
- Analisar regularmente a própria pele à procura de pintas ou manchas suspeitas, bem como o surgimento de novas lesões. Não esquecer de olhar o couro cabeludo, planta dos pés e entre os dedos dos pés e das mãos;
- Não expor bebês e crianças ao sol. Lembrando que os filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses;
- Consultar um Médico Dermatologista pelo menos uma vez ao ano para um exame completo;
- Atenção: As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde. Vale ressaltar que o bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento da pele. Seu uso está́ proibido no Brasil.
Portanto, mesmo sendo muito agressivo, o diagnóstico precoce é essencial no sucesso terapêutico da doença. Em caso de dúvidas procure seu dermatologista.
